Boby, o Cãozinho lá de Casa

Porque raio toda a gente chama boby ao cãozinho lá de casa?
Nunca pensei verdadeiramente nisto até que, há uns dias atrás, vi o filme Bolt duplamente em português (isto é, dobrado em português e com legendas em português), e fez-se-me alguma luz!


Logo nas cenas iniciais, numa das primeiras falas da dona do Bolt, ela exclama qualquer coisa, o que me fez ouvir "Que lindo Boby!". Ora, por esta altura li na legenda "Que lindo cachorrinho!", que de imediato me fez pensar naquilo que provavelmente iria escutar se fosse versão inglesa ("What a beautiful puppy!"). Então apercebi-me de uma certa similaridade fonética entre as palavras puppy e boby.


Repitam lá muitas vezes a palavra puppy! Se o disserem muito rápido e muitas vezes, hão-de chegar a uma altura em que a palavra que estão a proferir já mais parece boby do que puppy. Aperceberam-se disso? Curioso, não é?


A história podia muito bem ter sido esta: um dia um português lá ouviu um inglês chamar puppy a um cão, e, parecendo-lhe um nome fashion e original, mal chegou a casa, decidiu que o seu cão também se iria chamar puppy. 
Mas como não sabia como escrever, foi escrevendo o fonema boby em vez da palavra inglesa em si... 
Agora toda a gente chama boby ao cãozinho lá de casa, o que é o mesmo que chamar cachorro ao cão... Parece-me que este é um caso de se dizer sem pensar... 


Adopção de Gémeos

Hoje analiso não uma expressão, mas sim um acto: "Adoptar Gémeos".
Seria muito bonito se eu fosse falar sobre a adopção de todos os elementos de um grupo de gémeos, mas não. O que está em causa, hoje, é quando se adopta um único elemento e se deixa o ou os outros para trás!

Num destes dias, estava a dar na 2 um documentário sobre a personalidade tão distinta entre irmãos gémeos. Estava a ser um documentário interessante até ao ponto em que entrou em cena um caso em que duas irmãs gémeas (de aparência asiática) foram adoptadas por dois casais completamente diferentes e que viviam quase em lados opostos do globo: um nos EUA e outro na Finlândia (se não estou em erro). 
Ambas as miúdas sabiam que eram adoptadas (não era difícil dada a aparência distinta comparada com a dos pais) e por volta dos 6 anos ficaram a saber que cada uma tinha uma irmã e era gémea! 
Para mim teria sido um choque saber que noutro lado do mundo existia um ser gerado ao mesmo tempo e no mesmo ventre que eu, com a mesma aparência que eu, mas que nunca tínhamos tido a oportunidade de crescer juntos. 
Porém as raparigas pareceram extasiadas com a ideia e, então, os pais organizaram um encontro entre ambas. 
Parece-me natural que se fizesse isso! Porém foi-me difícil de aceitar que o fizessem para um estudo científico.

Analisando bem a questão, dá a sensação que estes pais adoptivos sempre tiveram em mente o uso destas crianças para estudo científico. Isto não é humano! É tão criminoso como manter uma criança sozinha numa cave sem contacto com o mundo externo e ao fim de 25 anos a libertar. Em termos científicos era interessante estudar a reacção dessa pessoa, mas estava a privar-se uma pessoa da sua liberdade e dignidade humana.
O mesmo aconteceu com as gémeas, foi-lhes cortado um pedaço grande da sua existência como ser-humano a partir do momento em que saberam que tinham uma outra parte de si solta no mundo! O encontro entre as duas miúdas foi pacífico apesar da primeira tensão inicial em que pararam uma em frente à outra como que se a verem ao espelho. 
As câmeras a filmar e os pais do lado delas fizeram daquele encontro uma coisa ainda mais estranha e que só vem de encontro àquilo que eu disse. 

Para mim, isto é um caso fazer sem pensar...
Acho que ao adoptar-se uma criança, deve ter-se em atenção se ela têm irmãos e principalmente se são gémeos, porque a vida destas crianças não é só o futuro, mas também o passado e as ligações intrínsecas e meta-físicas que os seus organismos têm! 


*, Vou te Dizer...

Analiso, hoje, a expressão *, vou te dizer! 
Aqui, o * corresponde a qualquer expressão, que me parece, por si só, não tem qualquer importância para quem está a ouvir tal coisa, mas quando completada com aquele final, a frase ganha toda ela uma nova força!
Exemplos de expressões deste tipo são: "Estou com uma dor de cabeça, ... vou te dizer!" ou "Estou com uma preguiça, ... vou te dizer!".

Não me choca, de todo, ouvir dizer isto até porque também eu o digo! Mas que é dito sem pensar, isso é de certeza! A origem da expressão, eu não sei, mas confesso que a primeira coisa que me vem à cabeça quando penso nisso são as novelas brasileiras e a expressão: "... vou te contar...". Agora se é oriunda do Brasil ou não, isso já não sei.

Mas pensemos racionalmente: eu digo que estou com uma dor de cabeça, e depois reforço que vou dizer... mas vou dizer o quê, se o que tinha para dizer já foi dito? Fica então no ar um sentimento de curiosidade e de suspense que no fundo nunca será resolvido, pois depois de se dizer esta expressão, nada mais é dito! 
Um ouvinte mais distraído pode ainda perguntar "Vais dizer o quê?" A resposta é óbvia: "... que estou com uma dor de cabeça...", e a conversa pode prosseguir para um "ah! Mas pensei que já tinhas dito isso!"...

Já tinham pensado, alguma vez, nesta expressão? Eu pensei... e acho que é mais um resultado de se dizer sem pensar...

PETA e Krupa Irritam a Igreja...

Em análise, hoje, não está nenhuma expressão que normalmente se diga por aí, mas sim o conteúdo dito de uma notícia no Jornal "Opinião Pública", edição de 16 de Dezembro de 2009!


Em momento de relaxe, decidi pegar no exemplar do Jornal acima mencionado. Como não tinha qualquer interesse em ler as notícias da cidade, decidi abri-lo numa página à sorte. Saiu-me a página 36, onde, para meu deleite pessoal, nesta edição estava a zona cor de rosa dedicada a factos que, não fossem eles sempre relacionados com mulheres bonitas em fotos interessantes, diria serem aleatoriamente escolhidos. 
Deliciei-me, então, com os interessantes factos que fui lendo, até que, às duas por três (ora aqui está uma expressão que mereceria análise aprofundada) cheguei à última notícia intitulada: PETA e Krupa Irritam a Igreja
Passo a resumir tal notícia: A igreja católica ficou chateada com a modelo polaca Joanna Krupa devido a uma pose, representando um anjo, para uma campanha da PETA. A saber-se: "Um crucifixo estrategicamente colocado sobre o corpo de Krupa, cobre-lhe as partes íntimas (...)" (espreitem aqui... mas voltem cá).
A notícia prosseguiu com outros ditos, mas o mais relevante para analisar foi o que a Igreja comentou: "É um uso inapropriado de símbolos religiosos!".


Primeiro fiquei indignado pelo facto de a Igreja querer sempre comentar tudo o que a rodeia e ficar chateada por tudo o que se diz ou faz desde que vá contra os seus cânones!
Porém, depois, ocorreu-me... não terá sido este um caso de pensar sem dizer e dizer sem pensar?
É que, analisando bem a expressão da Igreja, eu concordo completamente com ela! Realmente não vejo com bons olhos o facto de se usar um crucifixo para tapar as zonas íntimas da rapariga... mas só porque esconde algo que, em pensamentos, muitos homens e muitas mulheres desejariam contemplar, mas que, com palavras, reprimem os próprios desejos para firmar a sua personalidade perante a sociedade!


Ai, ai, estes padres e as coisas que andam a dizer sem pensar...


Deus queira que sim...

Para primeira análise escolho a expressão: Deus queira que sim!


Segundo consta, a maior parte da população que se vai expressando deste modo, acredita na existência de Deus. 
Ora acreditar na existência de Deus, implica também ter noção que  Deus é piedoso, bondoso, e quer sempre o bem de todos!
Mas religião e fé à parte, é certo que se se vai fazer alguma coisa errada ou para a qual se está mal preparado, nem Deus nos safará, e portanto esta expressão serve apenas para nos tirar dos ombros o peso do falhar. 
A receita é então: Atira-se para Deus esse peso, e, no fim, é-se ser livre de Lhe atribuir a culpa por termos falhado... 
Então Deus é tido também como o Bode Expiatório para quando as coisas nos correm mal!
Esta e outras expressões semelhantes são o resultado de depositar nas mãos de Deus tudo o que se faz! 
Indo mais além, apesar de não se aperceberem, as pessoas que proferem tal expressão, incorrem na violação do 3º mandamento da lei de Deus: Não Invocar o Santo nome de Deus em Vão!


E um fiel a desrespeitar as leis de Deus... é fiel, mas pouco!
É no que dá dizer sem pensar...